Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Coffee Break, com o objetivo de apurar supostas práticas ilegais de fraudes em licitações públicas em diversos estados do país. A ação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram executados 50 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP). As diligências ocorreram simultaneamente nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná, com equipes mobilizadas desde as primeiras horas do dia.
As investigações apontam indícios de um esquema criminoso envolvendo agentes públicos e empresários, com o objetivo de direcionar licitações e superfaturar contratos com o poder público. Além do favorecimento ilícito, há suspeitas de que parte dos recursos desviados tenha sido lavada por meio de empresas de fachada e transações financeiras simuladas.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.
A Operação Coffee Break faz parte de um conjunto de ações coordenadas pela PF em combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos em contratos administrativos. Os materiais apreendidos, como computadores, documentos e mídias digitais, serão analisados para aprofundar as investigações e identificar todos os envolvidos no esquema.
O significado do nome da Operação Coffee Break
O nome “Coffee Break” (traduzido como “pausa para o café”) faz alusão a reuniões informais onde, segundo as investigações, ocorriam tratativas e acertos entre os envolvidos nas fraudes em licitações. A expressão simboliza os encontros usados para discutir os esquemas ilícitos sob aparência de simples reuniões de negócios.














