Na manhã desta quinta-feira (“13”), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Roupa 7 e prendeu um criminoso por crimes ligados ao contrabando, durante o cumprimento de ordens judiciais em Presidente Epitácio (SP). A ofensiva teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no transporte e distribuição de mercadorias trazidas do Paraguai sem pagamento de tributos.
A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal de Presidente Prudente (SP), alcançando imóveis nas cidades de Presidente Epitácio, Álvares Machado, Paraguaçu Paulista e Sete Quedas (MS). Segundo a investigação, a quadrilha atuava no contrabando em larga escala, movimentando produtos paraguaios e enviando-os para São Paulo, onde abasteciam grandes comércios no centro da capital.
Os agentes identificaram que o grupo mantinha uma fábrica de roupas de fachada em Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai, criada para dar aparência de legalidade às mercadorias oriundas do contrabando. Durante o cumprimento das ordens judiciais, uma arma de fogo foi encontrada na residência de um dos investigados, que foi preso em flagrante pelo crime de posse irregular.
Por determinação judicial, foram bloqueados mais de R$ 20 milhões em bens vinculados aos investigados. As diligências continuam para aprofundamento da investigação e identificação de outros envolvidos na cadeia de distribuição.
Por que o nome Operação Roupa 7?
O nome faz referência direta ao núcleo do esquema: uma fábrica de roupas criada apenas para simular legalidade nas mercadorias trazidas do Paraguai. O número “7” remete a Sete Quedas (MS), cidade fronteiriça onde funcionava a estrutura utilizada pela organização criminosa para acobertar o fluxo das peças e camuflar o esquema de contrabando.
Entenda o caso
A fronteira paraguaia é uma das principais rotas usadas por quadrilhas que distribuem produtos sem nota fiscal para polos comerciais paulistas. A PF intensificou operações na região após identificar crescimento da movimentação dos grupos, que utilizam empresas fictícias, veículos adaptados e rotas alternadas para evitar fiscalização. A Operação Roupa 7 se insere nesse contexto, ao atacar simultaneamente transporte, distribuição e lavagem por meio de fachada.
















