Até o final deste ano, as Polícias Militar, Civil e Técnico-Científica do Estado de São Paulo devem receber o reforço de cerca de 5,4 mil novos policiais. A medida faz parte da estratégia do governo estadual para reduzir o déficit no efetivo, intensificar o combate ao crime organizado e garantir mais segurança à população.

Apesar da redução histórica nos índices de homicídios e do aumento nas apreensões de drogas e prisões, os resultados foram alcançados mesmo com o menor efetivo policial da história do estado. Desde 2023, cerca de 9,1 mil agentes já foram incorporados às forças de segurança, com destaque para 2024, ano em que foram contratados 7,8 mil policiais — o maior número desde 2011.

“O aumento do efetivo é um dos compromissos do governo com a valorização das corporações, e esse reforço vai fazer a diferença nas ruas e nas investigações”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o reforço será essencial para ampliar as operações de inteligência contra o crime organizado e a reincidência criminal, com foco especial no tráfico de drogas e na identificação de lideranças criminosas.

A Polícia Militar deve receber 1,9 mil soldados em formação na Escola Superior de Soldados, que serão distribuídos estrategicamente em batalhões de todo o estado. Já a Polícia Civil está com concurso em andamento para 1,2 mil investigadores, 1,3 mil escrivães e 552 delegados, cuja formação está prevista para o segundo semestre. A Polícia Técnico-Científica contará com mais 249 peritos criminais e 140 médicos-legistas.

Até o fim de 2026, a previsão é de que a gestão estadual autorize 23,4 mil novas vagas para as carreiras policiais. O delegado-geral de Polícia, Artur Dian, destaca que o fortalecimento da investigação é essencial para desmantelar quadrilhas, combater crimes patrimoniais e romper cadeias de receptação. “A inteligência e o uso estratégico de dados são aliados essenciais no enfrentamento da criminalidade organizada”, afirmou.

Com a ampliação do efetivo, o governo pretende intensificar o policiamento ostensivo e tornar mais eficiente o trabalho de investigação e perícia, promovendo um combate mais eficaz à criminalidade em todo o território paulista.